Ainda sem o conhecimento da maior parte do povo norte-rio-grandense, na capital do Estado ressurge o espectro do tão afamado, bradado, badalado num passado não muito distante, ‘acordão político’ com vistas ao processo das eleições gerais de 2022, onde serão eleitos o presidente da república, governadores, senadores e deputados estaduais e federais. E esse pacto, por sua vez, é embrionário das hostes da Assembleia Legislativa, onde o atual presidente daquela Casa, Ezequiel Ferreira (PSDB) atua como principal articulador.

Nessa conjectura, de acordo com o que se comenta, é objetivo de Ezequiel Ferreira alçar voos mais altos na política. Esteve a falar em disputar o Senado, mas seu desejo se chocou com o igual sonho do Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, seu amigo. O parlamento potiguar, por sua vez, se torna pequeno para Ezequiel que já não pode mais ser presidente da AL. E aí numa eventual postulação à Câmara Federal deputado federal, o faria dá de cara com Gustavo Carvalho que já deseja alçar esse voo pelo PSDB.

Esse round das articulações, consistiria em se convencer Gustavo Carvalho a desistir da disputa, deixando espaço aberto para Ezequiel que, em troca apoiaria a corrida do colega para voltar ao Palácio José Augusto e, ainda como moeda de troca, receberia a presidência do poder legislativo. O ministro Rogério Marinho, seguiria imexível na sua campanha, que se robusteceria ainda mais no Estado. Conta a seu favor com o apoio da presidência da república momentaneamente, isto é, enquanto estas conversas se desenrolam.

E esse beneplácito também envolve a governança estadual. Entraria no jogo o atual prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), já tendo seu nome cochichado para ir em busca do cargo e, faltando tão somente ele ser convencido. O MDB dos Alves endossaria apoio, com vistas a ter de volta o comando administrativo da capital a partir de 2023. Há de ser lembrado, que o atual gestor natalense, eleito em 15 de novembro passado, disse querer cumprir os 4 anos e se percebe a olhos nus que ele quer o filho, Adjuto Dias na AL/RN.
Na realidade uma engrenagem montada por políticos profissionais a passarem quase 24 horas do dia a cuidar desse “trabalho exaustivo”. São maneiras, experiências onde, objetiva-se manter no poder os mesmo nomes, com ressalvas àqueles que por um problema de saúde, com a justiça ou, idade já em estado avançado, se acham impossibilitados de subirem nos palanques, mas não deixam de, no aconchego de seus lares, emitir opiniões e até mesmo participar das articulações indicando nomes de confiança para as disputas.

Por fim, é dizer que ‘acordões’ como este ora sendo trabalhado, já chegou a ser formado no Estado do Rio Grande do Norte, em épocas não muito remotas. Nada mais do que manobras mirabolantes, elaboradas e, a população deixada de lado. Talvez usada para ‘engolir’ aquilo tudo. A história política potiguar mostra que o resultado foi negativo. A grande maioria eleitoral já desperta para fatos desta natureza, seja ela no âmbito do RN, ou municípios de pequeno, médio ou grande porte. Mossoró viveu isso recentemente e deu errado!